Imagine um enorme lago de água doce, cercado de um lado, por imensas dunas de areias brancas, modeladas pela ação dos ventos como a paisagem de um deserto; do outro, matas virgens, carnaubais – palmeira típica da região – e enormes coqueiros. A água é sempre morna e tem uma coloração azul cobalto, devido aos vários sedimentos que a compõem. Aliando-se a tudo isto temos ainda as melhores condições de ventos do País para a prática de esportes a vela. De agosto a dezembro os ventos variam entre 18 a 30 nós, o que a torna, um dos melhores picos de velejo do Brasil.
Situada a 12 km do centro de Parnaíba, com acesso por rodovia pavimentada, a lagoa apresenta boa infra-estrutura turística, com bares, restaurantes e muitas opções de lazer. É na Lagoa do Portinho que será realizada a 1ª Etapa do Campeonato Brasileiro de Windsurf SLALOM, reunindo os melhores nomes desse esporte no Brasil.
A Lagoa do Portinho é um local encantador, envolto em muitos mistérios que ainda hoje cercam de magia o lugar, que segundo a lenda, nasceu do sofrimento de uma índia Tremembé, por nome MACYRAJARA, filha de um grande cacique Botocó, senhor das terras do baixo Igaraçu, que apaixonou-se por UBITÃ, um jovem índio de tribo rival. Os dois passaram a se encontrar nas florestas, até serem descobertos pelo grande cacique Botocó, que não concordando com o romance, fez a jovem índia prisioneira numa oca. Após vários dias separado de Macyrajara, o jovem índio perdidamente apaixonado, pediu a PERUDÁ (deus do Amor) que o ajudasse. Foi avisado em sonho, que ela estava feita prisioneira numa oca, guardada por seis índios guerreiros e assim, Ubitã nunca mais voltaria a vê-la. Com o aviso de Perudá, o jovem índio Tremembé tentou libertar sua amada, mas foi mortalmente ferido. Macyrajara desesperada conseguiu fugir, correu até o local onde se encontrava com Ubitã, sentou à margem do córrego e chorou por dias seguidos. Chovia torrencialmente. Suas lágrimas misturando-se às águas do córrego e da chuva foram transformadas por Perudá, no Rio e na Lagoa do Portinho, onde de tristeza a jovem índia não resistiu. Macyrajara é vista nas terras às margens do Rio e da Lagoa do Portinho, nas noites de lua cheia, onde até hoje procura por Ubitã. Macyrajara protege os casais que por lá namoram. O Rio e a belíssima Lagoa do Portinho unem os municípios de Parnaíba e Luís Correia.